quinta-feira, 28 de julho de 2011

Porto de Camocim - Ce

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CARTA NÁUTICA DE 1946 FOI USADA PELO CAPITÃO DO "ARATANHA" PARA ENTRAR NO PORTO DE CAMOCIM EM JANEIRO DE 1950. DESDE 1935 QUE A PARTICAGEM DO PORTO DIZIA SER IMPOSSÍVEL ENTRAR NAVIOS NO NOSSO PORTO.

Publicada em 1946 pelo Departamento de Hidrografia e Navegação da Marinha, do Brasil essa carta náutica do Porto de Camocim, provavelmente, foi a usada pelo Comandante do Navio Aratanha (da Companhia de Navegação Costeira), Heitor Theberg e do prático J. Lopes Filho, no episódio que colocou por terra a "lenda" de que navios de médio e grandes calados não entrariam no Porto de Camocim. Com 13 e meio pés de calado, 96m de cumprimento, navegando a 16 pés de profundidade e 4.000 toneladas de peso o "Aratanha", acabou por revelar, segundo os jornais da época, um conluio entre a empresa inglesa de alvarengagem Booth Line e um prático local de nome Marinho, que desde 1935 alardeavam a impraticabilidade do porto. Ressalte, no entanto, nesse período, a conivência das autoridades que não faziam força para dragar o porto, cuja omissão reforçava a tese da empresa inglesa e do prático. Embora que a Booth Line tenha sido a responsável para que as atividades do porto não parassem totalmente, o encarecimento dos produtos aqui comercializados fizeram com que o movimento do porto diminuísse bastante, posto que os navios ficavam fora da barra, sendo feito o serviço de embarque e desembarque pelos batelões da empresa inglesa, que com isso, faturava duplamente com este serviço. Segundo uma autoridade atual da Marinha em navegação, mesmo com a afirmação do comandante á época ter afirmado que a Barra de Camocim "pode dar entrada nas marés de lua a navios de 13 e meio pés de calado, como aconteceu com o Aratanha sem oferecer o menor perigo", (O Democrata, Nº977, p.1 e 2. Fortaleza, 09/02/1950) a manobra referida deve ter sido realizada no limite e com perícia, por alguém com profundo conhecimento da local.

Fonte: Departamento de Hidrografia e Navegação da Marinha do Brasil./ Camocim Pote de Historias

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