Cultura Local

Carnaval

É a grande festa popular da cidade. Nos finais de semana que antecedem o carnaval, acontecem os pré-carnavais com blocos de rua, puxados por banda de metais, onde os cidadãos tentam resgatar os antigos carnavais. Com o tema CAMOCIM É SÓ ALEGRIA, o carnaval acontece durante todo o dia com festas nas praias ( Ilha do Amor, Praia das Barreiras e Praia do Maceió), Praça do Amor, com o “mela-mela” e à noite da Praça do Ódus com grandes bandas de renome nacional e bandas locais.



Festival de Violeiros

Concurso de poetas e repentistas, com artistas locais e de outros Estados. Encontra-se em sua 20ª edição e acontece sempre no dia 1º de Maio, como parte das comemorações ao dia do trabalhador.





 Festival de Quadrilhas

O I Festival de Quadrilhas de Camocim foi realizado em 1988, no pátio da antiga Prefeitura Municipal. Hoje este festival se destaca como um dos melhores do estado de Ceará, onde grupos locais e de outras cidades concorrem em várias categorias Os grupos locais são de excelente qualidade e participam nos festivais de outras cidades, sempre com grande destaque. A população espera ansiosa por este período e comparece em massa com suas torcidas, todas as noites, na Praça do Ódus,onde o evento acontece.


Quadrilhão

Esta festa acontece antes do Festival de Quadrilhas. É quando os grupos locais fazem uma grande caminhada pelas ruas, que sai da Igreja de São Francisco até a Av. Beira Mar, dançando e cantando, dando uma pequena amostra do eles estam preparando para o Festival de Quadrilhas. Nesta ocasião, os grupos soltam a imaginação, fazendo um desfile engraçado, criativo onde apresentam os estandartes de cada grupo.

Festa de Iemanjá

Evento de grande tradição em que a cidade recebe verdadeiras caravanas de seguidores desta religião, onde os mesmos participam pela manhã, de manifestações na Praia das Barreiras e à noite nos terreiros de Umbanda.



Salão de Artes

Por ser berço de grandes artistas plásticos em Camocim, este Salão de Artes é sempre ansiosamente esperado. É uma mostra de arte de artistas da terra e convidados, com um tema previamente escolhido, onde são apresentados trabalhos como pinturas, gravuras e esculturas.




Procissão Marítima de São Pedro

Festa religiosa que se inicia na igreja de São Pedro onde a imagem do santo é conduzida até o cais do porto. A mesma é colocada em um barco que puxa a procissão pelo estuário do Rio coreaú, sendo seguida por diversas embarcações e pelo povo, em terra que caminha ao longo do rio.


Quarteirão da Alegria

Espaço semanal, situado na Av. Beira Mar, criado com o propósito de levar arte, cultura, comida regional, literatura e música, bem como promover os artistas locais, incentivando a participação da comunidade e proporcionando aos moradores e visitantes um espaço de movimentação cultural.




Bom Jesus dos Navegantes
o calendário a Festa do Bom Jesus é em janeiro, mas a comemoração com as novenas acontecem no mês de novembro.



 

 

 

Expoentes de Camocim:Literatos:

Antonio Avelar Santos (Crônicas)
Aradi Silva
Artur Carneiro de Queiroz (Crônicas)
Carlos Augusto Pereira dos Santos
Carlos Cardeal (Romance)
Francisco Valmir Rocha (Hino de Camocim e crônicas)
Graça Cardeal (Romance)
Inácio Santos (Contos)
Jose de Arimateia Filho (Poesias)
Raimundo Bento Sotero (Romance e poesias)
Roberto Pires de Oliveira (Crônica e poesia)

 

 

 

Poesia a Camocim:


PARABÉNS CAMOCIM
Ouça bem esta história
Que aqui vou lhe contar
Vou falar de Camocim
No norte do ceará
Uma terra encantadora
Que a você vou recitar
Há 128 anos
Camocim se emancipou
Tendo porto e estrada de ferro
O povo por aqui ficou
Da família Gabriel
A pesca artesanal
Do artesanato da terra
Ao folclore local
De história e tradição
De energia contagiante
Que aguça a curiosidade
De todos os visitantes
Imburanas, Tatajuba
Caraúbas, Guriú
É um pouco do muito que temos a mostrar
Belas praias bonitas
Falésias e manguezais
Quem por ela passa
Não se esquece jamais
Agradeço a atenção
Que você me dispensou
Obrigado seu doutor
Obrigado cearazim
Se você gostou de mim
E também daqui assim
Volte logo, venha sim
Para terra Kamocim
João Batista de Almeida da Mota


Artesanato



Pintores:
Eglauber Ciriaco Lima – Divulgado através de Mostras, Exposições, vendas turísticas e reunião de negócios para Fortaleza, Bahia, Sobral, Piauí, Maranhão, São Paulo, Brasília, Itália, Espanha, Portugal, Venezuela.
Elenildo Eduardo de Souza – artista que retrata Camocim em suas diversas imagens.
Mauro Viana – Divulgado através de mostras e vendas turísticas para Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo, França, Itália, Canadá e Portugal.
Antônio Carlos Marques (Totõe) – Fortaleza, Bahia, Sobral, Itália, Brasília e França
Robervaldo Monteiro de Sousa – excelente retratista


Os trabalhos dos nossos artesãos são variados. Desenvolve-se produtos em crochê, ponto de cruz, tecelagem, pintura em tela bonecos de pano, bolsas, bijuterias, bordados, biscuit, trabalhos em madeira e customização. Os artesãos são dotados de muita criatividade e conseguem ver em uma matéria-prima pouco usual um futuro produto artístico.
Usam conchas, quengas de coco e materiais recicláveis para seus trabalhos, transformando-os em peças decorativas e utilitárias.
  



Os principais eventos de Camocim
·      Carnaval (fevereiro),
·      Festival de Violeiros (abril),
·      Festival de Quadrilhas (junho),
·      Procissão Marítima de São Pedro (29 de junho),
·      Festival de Música (julho),
·      Festa da Lagosta e escolha da Rainha da Lagosta (julho),
·      Aniversário de Camocim (setembro),
·      Festa do Município (setembro),
·      Regata de Canoa (setembro),
·      Festa de São Francisco (outubro)
·      Festa e novenas do Bom Jesus dos Navegantes - Padroeiro (novembro)
·      Regata Ecológica de Tatajuba (novembro),
·      Festa do Caju.


Prêmios e Participações

Nosso grupo Participa de muitos eventos juninos sendo aplaudida em todas as sua apresentações:
Participações e Premiações:

1994 - Campeão Festival de Quadrilhas de Camocim; Campeão Festival de Quadrilhas de Reriutaba.
1996 - Encerramento do Festival de Quadrilhas de Camocim.
1998 - Quarto Lugar no Festival Interestadual de Icapuí. Segundo Lugar Festival de Quadrilhas de Camocim.
1999 - Campeão Festival de Quadrilhas de Quixadá; Quarto lugar Festival de Russas; Terceiro lugar Festival de Quadrilhas de Camocim; Sexto Lugar Festival de Quadrilhas de Icapuí;
2000 - Segundo Lugar Festival de Camocim; Sexto Lugar Festival Interestadual de Quadrilhas de Icapuí; Festa de Convenção do Partido PPS em Uruoca.
2001 - Terceiro Lugar Festival de Jijoca de Jericoacoara; Campeão no Festival de Palmácia; Sexto lugar no Festival de Messejana;Encerramento do festival de Quadrilhas de Barroquinha e Uruoca.
2002 - Campeão no XIV Festival de Quadrilhas de camocim; 11º no Festival Interestadual de Mossoró, concorrendo coma as melhores quadrilhas do Ceará, Rio Grande do Norte e Alagoas; Participação nos festejos de São Pedro em Camocim; 2º Lugar no II Festival de Quadrilhas de Uruoca; Abertura do Chitãoboril, festival de quadrilhas fora de época da cidade de Tamboril
2003 – Campeão no festival de quadrilha da cidade de Forquilha, vice campeã no festival de Camocim e participação no Ceará Junino.
2004 – Campeão no festival de Camocim, segundo lugar no festival de Uruoca e segundo lugar no festival de Martinopoles.
2005 – Campeão no festival de Camocim, Campeão Regional Cearense (festival de Uruoca) e segundo lugar no festival de Alcântaras.
2006 – Campeão no festival de Forquilha, segundo lugar no festival  de Uruoca e participação no Ceará Junino.
2007 – Segundo lugar em Uruoca e terceiro lugar no festival de Camocim.
2008 – Terceiro lugar no festival de Camocim.
2009 – Vice-Campeão no festival de Nova Russas (vaga no Fest. Cearense)
2009 – 5ª melhor quadrilha do estado do Ceara – Festival Cearense em Maracanaú.
2009 – Terceiro lugar no festival de Camocim.


Histórico

Conturbada, é a palavra que podemos usar para nomear a década de 80, quando jovens de todo o país saíam às ruas para lutar por democracia. Em meio a toda essa agitação um grupo irreverente, alegre e festivo dos mesmos resolveu transformar jogadores de vôlei em dançarinos de quadrilha junina, incentivados pela realização do I Festival de Quadrilhas de Camocim, no ano de 1989.
Antes reunidos em um terreno baldio à Rua da Independência, o qual deu o sugestivo nome BEIRA LIXO à quadrilha. Agora estes jovens reuniam - se em uma quadra para ensaiar passos tradicionais de quadrilha a serem apresentados pela primeira vez no II Festival de Quadrilhas de Camocim, no ano de 1990. Já em 1992 conseguiu ir a final e ficou em terceiro lugar. No ano seguinte conseguiu a segunda colocação e em seguida o tão sonhado título de campeão, o qual se repetiu na cidade de Reriutaba, onde deixou extasiada toda uma platéia. Tornou - se marcante para o festival de Camocim por apresentar uma coreografia especial para a abertura e, o comentário do festival, a rainha, que agora não era mais matuta e rodopiava graciosamente pela quadra.

O ano de 1995 foi um ano de repouso. A quadrilha não se apresentou o que não se repetiu em 1996, onde a mesma foi altamente criticada por apresentar indumentária luxuosa. Mas também emocionou com a abertura, retratando o cearense da roça. Sob todas essas, a polêmica maior se deu por conta da mesma ser desclassificada nas eliminatórias e em seguida chamada pela organização para fazer o encerramento do festival. Será que houve certo arrependimento?

Em 1997, Mais um ano sem se apresentar, o que posteriormente, em 1998, foi compensada por uma apresentação mais uma vez polêmica, pois a indumentária não apresentava tecido estampado, novidade na região. Assim, como uma coreografia criada especialmente para apresentar a rainha, conhecido por “Passo da rainha”, daí o terceiro lugar em Camocim e o quarto em Icapuí, disputando com quinze quadrilhas em um Festival Interestadual. Comemorando 10 anos antecipadamente e com o slogan "Sou Dez Por Que Sou Beira Lixo".

Em 1999, homenageando o pescador, que é o símbolo de Camocim, conseguiu obter os seguintes títulos: 1º lugar no Festival de Quadrilhas de Quixadá, onde sua rainha também sagrou - se campeã; 4º lugar no Festival de Russas; 5º lugar no Festival interestadual de Icapuí e 3º lugar no Festival de Camocim, onde foi premiado o casal de noivos, o casamento e, novamente, sua elogiadíssima rainha Walcleanes.
2000, O ano mais místico da humanidade. O Arraiá do Beira Lixo trouxe como tema o sonho, com o slogan "Sonhar Não Custa Nada", que avalia todo o passado como um sonho. Das quadrilhas juninas ao trem de Camocim, grande responsável pelo desenvolvimento da região Norte do Ceará, passando também pelo sonho de ser campeã, o qual ficou em sonho, pois as participações nos festivais de Camocim e Jijoca só trouxeram vice campeonatos. O ano seguinte, 2001 trouxe essa vitória, na cidade de Palmácia. 5º lugar em Messejana/Fortaleza (festival com 45 quadrilhas do interior e capital). Com o tema "Cala a boca já morreu", falando das injustiças que o nordestino sofre e continua calado agüentando. A quadrilha alerta, é hora de partir pra luta e ter orgulho de si mesmo. O Festival de Jijoca trouxe uma decepção, julgadores sem compromisso com a sua atividade e em conseqüência deste fato a perda do título e o terceiro lugar. A inovação na quadrilha esse ano ficou por conta da ausência da mesma no Festival de Camocim, que seguindo o nosso tema resolvemos não ficar calados e lutar por um festival justo. Essa foi a nossa forma de protestar. A indumentária masculina, onde todos os homens vestiam paletó e gravata também foi outra novidade para a região.
         

Em 2002 preparamos mais um espetáculo, que teve como tema "Fantoches e marionetes é isso que queremos ser?", que vem falar de como somos manipulados pelos poderosos, representados nos famosos bonecos mamulengos do sertão.

Em 2003 viemos falando da fé que o povo nordestino, com seus santos e suas manifestações religiosas nos faz, mas católicos ou protestantes, com o tema: “Não importa aonde chegue o que importa é a fé”.

Em 2004 viemos representar o cinema nacional e mundial, com seus personagens divertidos e mundialmente conhecidos com o tema: “A sétima arte invade o arraia”, onde todos se encantaram com a maneira que o tema foi adaptado para as festas juninas.

Em 2005 esse grupo veio mais uma vez com o tema nada adequado para os temas juninos “Desenhos e aquarelas no arraia será arte, mais uma vez surpreendeu os jurados e o publico com sua irreverência”.

Em 2006 “E se Carmem Miranda viesse ao arraia”, com esse tema brincamos o pouco com a pequena notável e tivemos êxito nas cidades que participamos em festivais.

Em 2007 a literatura chega para o nosso grupo com o tema: “Meu livro conta a historia” e todos nós apresentamos os autores clássicos deste os contos infantis até os nossos maiores escritores como: Jorge Amado, Machado de Assis, Monteiro Lobato e outros.

Em 2008 voltamos com temas regionais e bonitos. Falamos dos pescadores e dos sertanejos. “Regressar é reunir dos lados” e representamos a nossa Camocim com seus bravos homens da pesca e seus agricultores.
Em 2009 voltaremos com um tema já vivido por nós do Grupo Folclórico Beira Lixo, “No escurinho do cinema comi pipoca, tomei aluá e dancei nesta Arraiá” e com certeza vai ser mais um encanto nas noite junina do meu Ceará.



Lendas Camocinese


LENDA DO TERRENO QUE EXITE ABAIXO DO BOA VISTA RESORT

            Reza a lenda que o terreno onde fica localizado o Boa Vista Resort, já foi utilizado como cemitério, onde eram enterrado corpo de índios que habitavam a cidade de Camocim a muito anos atras. Dizem que ao descobrir as ossadas, logo no inicio da construção do Resort, os italianos quiseram esconder a todo o custo essa descoberta, negando e omitindo a noticia.
            Também falam que isso tem haver com a trajetória não satisfatória do Resort, se deve a essa descoberta, em que o empreendimento passou a ser amaldiçoado.



LENDA DO CACIQUE TREMEMBÉS

A lenda diz que o cacique da tribo dos tremembés, era uma homem muito bonito, e ao morrer seu corpo foi levado a um local privilegiado na cidade, o ponto mais alto que no caso são as falésias da cidade que é onde hoje se encontra o mirante da cidade. Por ele ser um homem importante da tribo, tinha que ter seu descanso em um local que trouxe-se calma e paz, onde seria sua morada eterna.

LENDA DO FAROL DO TRAPIÁ


            Diz a lenda que o farol é um lugar muito assombrado e que todas as pessoas que vão para o mesmo a noite saem em desespero com medo dos faroleiros.
            Os antigos índios que viviam em Camocim, se deslocavam de suas habitações, rumo ao tão conhecido farol, no mesmo existia uma arvore chamada Trapiá, que foi ela que deu origem ao seu nome, eles ficam embaixo do Trapiá observando as grandes embarcações que chegam em Camocim nesse tempo, dizem que morreram muitos índios naquele local. Tem-se historias que faroleiros morreram lá também, inclusive ouve-se boatos que um membro da família Coelho, faleceu no local e a noite ele vai para o farol em busca de sua luz.

A LENDA DO CORÓ

Certa vez chegou à aldeia dos  índios que habitavam a Foz do Rio Coreaú um grande veleiro, vindo do além-mar. Homens muito brancos desembarcaram e, aos poucos, os nativos foram, muito desconfiados, se aproximando. Os visitantes eram criaturas diferentes, mas amistosos e, lentamente, a amizade se instalou entre estes dois povos.
         O Grande Guerreiro Branco que chegara e possuía consigo uma estranha e perigosa arma que os nativos chamaram de pau-de-fogo ou pau do trovão, trouxera também, muitos presentes e a festa foi muito grande! Todos dançaram durante a noite ao redor da fogueira e a festa só acabou ao raiar do sol.
Junto com o Grande Guerreiro, veio sua bela filha de 18 anos que os nativos olhavam, embevecidos, aquela princesa de cabelos doirados. Logo passaram a chamá-la de Jacira, nome ligado à lua.
         O filho do Cacique, Jovem Guerreiro, forte e muito bonito logo se apaixonou, perdidamente, pela Princesa Dourada e as atenções da moça também eram para ele. O namoro estava estabelecido! Mas não era um namoro segundo as regras dos brancos. Era uma manifestação de carinho e admiração muito baseada na contemplação. Assim,  o Jovem Guerreiro passava horas olhando para aquela princesa sem sequer se atrever a tocá-la.
O dia em que Jacira tocou o Guerreiro apaixonado com suas delicadas mãos e beijou-lhe a face à moda de sua sociedade, o jovem Guerreiro sentiu o sangue ferver em suas veias e, naquela noite, dançou em torno da fogueira como nunca fizera antes. 
Mas o tempo passou e o dia da partida dos visitantes infelizmente chegara...
Quando o jovem índio apaixonado soube que sua amada partiria para sempre, entrou em profunda tristeza. O cacique percebendo a dor de seu filho foi ao Pajé, grande feiticeiro, que já percebera a paixão do jovem pela filha do visitante. O Feiticeiro, comovido, preparou um feitiço poderoso e para tal usou a cabeça do coró, peixe muito saboroso que podia ser encontrado, facilmente, na foz do Rio Coreaú. Disse ao Cacique que esse feitiço deveria ser dado ao Grande Guerreiro Branco pai de Jacira. Alertou também que o efeito não era instantâneo e que eles partiriam mas, com o passar de muitas luas, voltariam...
Assim foi feito na véspera da partida. Um caldo feito da cabeça do peixe enfeitiçado foi servido, não só para o Grande Guerreiro Branco, mas também, para toda a tripulação do barco visitante.
No dia seguinte, após muito choro, eles partiram com muitas lágrimas de todos os lados. A princesa Jacira chorava debruçada na popa do barco e o triste Jovem Guerreiro, com um forte nó na garganta, se angustiava mesmo consolado pelo pai e pelo Pajé.
Muitas luas se passaram e, certo dia, antes que os cajueiros florissem novamente, um menino índio chegou na oca do Grande Cacique, resfolegando, e dizendo: O grande barco voltou! Está lá!
Correram todos para a beira da praia e viram, no horizonte, o navio que crescia vagarosamente aos olhos do Cacique, de seu apaixonado filho e de toda tribo.
O desembarque foi festivo! O Grande Guerreiro Branco trouxera consigo Jacira e disse aos Índios que não partiria mais.
Estes visitantes fundaram uma grande sociedade às margens do Rio Coreaú que levou o nome de Camocim.
Tempos depois, o grande chefe, numa reunião de confraternização contou a todos a Lenda do Coró, pois que aqueles que tomarem do caldo da cabeça desse peixe, sempre voltavam ao paraíso encantado de Camocim para viver um grande sonho!
Ainda hoje, o feitiço está ativo e os visitantes que comem deste peixe encantado, sempre voltam e, alguns que se excedem no consumo dele, nem partem...