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sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Bandeira de Camocim



A bandeira é um símbolo que identifica a municipalidade e, por isso, é criada por lei e, como tal, a explicação de sua concepção também é objeto do ato jurídico. Em nosso caso, a bandeira atual foi institucionalizada pela Lei Municipal Nº 331 de 20 de Maio de 1976, transcrita abaixo.
                            

LEI MUNICIPAL Nº 331, DE 20 DE MAIO DE 1976
DISPÕE SOBRE A BANDEIRA E AS ARMAS DO
MUNICÍPIO DE CAMOCIM E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS

Art. 1º - A Bandeira de Camocim é formada por três faixas verticais, sendo a do centro de cor amarela e as laterais azuis. Ao centro da faixa amarela se encontram as armas do município de Camocim.

Art. 2º - Considerado o módulo arbitrário “M” serão observadas, na bandeira, as seguintes proporções: A altura correspondente a 14m, a largura 20m, as faixas laterais 14m x 05,5m e a faixa central 14m x 9m. O escudo no centro será de 5m x 4m.

Art. 3º - A faixa cor azul nacional representa o infinito que cobre com sua beleza o município de Camocim e a faixa central amarela simboliza a riqueza, o solo e o valor de seu povo.

Art. 4º - As armas do município de Camocim serão representadas por um escudo português cortado, tendo a parte superior dividida ao meio onde encontramos em fundo branco um ramo com três cajus em cor natural (esquerda) e no espaço à direita, em fundo também branco, uma palma de carnaúba em cor natural, ambos representando as riquezas agrícolas do município. Na divisão inferior notamos o céu em cor azul, o mar em verde água, uma jangada em amarelo, o sol nascendo no horizonte com seus raios em cor amarelo, simbolizando a pesca, fonte de renda do município, a jangada é a fibra e a coragem de seu povo e o sol a fé e esperança no futuro. Com apoio do escudo, dois ramos de algodão em cor natural, também riqueza da terra, e acima, como timbra, uma estrela em cor azul, representando a sede do município de Camocim.

Art. 5º - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Paço da Prefeitura Municipal de Camocim
Em 20 de Maio de 1976

Fonte: Camocim Pote de Histórias / Biblioteca Municipal. Foto digitalizada pelo Blog Camocim Online em 26/09/2009. Com a colaboração de Ayla Sousa, com Modificações de Pesquise em Camocim.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

A Morte de Pinto Martins





Foto de Pinto Maryins no Jornal "O Sport". Arvivo do Blog Camocim Pote de Historias

Já retratamos neste espço Pinto Martins de vários formas: o centenário do seu voo entre Nova Iorque e Rio de Janeiro, o esquecimento e o descuido dos contemporâneos com sua memória e história e até mesmo saudando a iniciativa de termos um dia dedicado a ele e uma comenda homenageando-o em Camocim. Contudo, sua morte é ainda um assunto que seus biógrafos ainda relutam em aprofundar, talvez pela forma trágica como ocorreu ou mesmo, por duvidar se foi ou não um suicídio. Pinto Martins teria tirado sua pŕopria vida com um tiro na cabeça. Polêmica à parte, os jornais cariocas estamparam o acontecimento em manchetes às vezes sensacionalistas, como do jornal esportivo "O Sport", que grafou: "Tombou das Alturas..." e em tipos menores: "A morte trágica de aviador Pinto Martins". Na página 4 do dito jornal lê-se as motivações do sinistro e estampam ainda a foto de Walter Hinton, o companheiro americano de jornada aérea, que, segundo o jornal, estava brigado com Pinto Martins e que, talvez por isso, alguns suspeitam da participação do aviador americano num pŕovável assassinato, visto que depois constataram o sumiço de documentos relacionados à prospecção de petróleo que Pinto Martins tinha em seu poder. No citado jornal, apenas há uma indicação de que Walter Hinton seria investigado pela polícia, posto que o mesmo havia chegado ao Brasil no mesmo dia do suicídio. A reportagem procura mostrar um Pinto Martins decaído, sem perspectiva, endividado e com tendências suicidas. Ao mostrar o depoimento da amante de Pinto Martins, a cantora Aida, fica evidente essa tendência: 
"Eu já esperava isso. Se não lhe pagassem os prêmios a que tinha direito, o seu fim seria este mesmo. Tudo fiz para dissuadil-o deste intento. Dei-lhe todo o meu carinho mas tudo foi em vão. Não pude vencer a sua exaltação e a sua colera. Vae-se para o tumulo o derradeiro amor da minha vida".



Foto de Walter Hinton no mesmo jornal. Arquivo do blog. Arquivo do Blog Camocim Pote de Historias

Além de trágico, há no depoimento um quê de dramaticidade que pode esconder outros fatos. Contudo, ficou a certeza de que o governo brasileiro fez festa com o feito de Pinto Martins, não lhe pagando o que havia anunciado.

Fonte: Jornal "O Sport", 12/04/1924. Gentilmente cedido e enviado ao blog pelo companheiro camocinense radicado no Rio de Janeiro, Francisco Olivar - Vavá. CAMOCIM POTE DE HISTÓRIAS.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Criação da Guarda Municipal de Camocim

Mês de setembro é tempo de desfile de 7 de Setembro, aniversário do município de Camocim e, na roda de amigos, comentava-se que  no desfile deste ano, o assunto central teria sido o desfile da Guarda Municipal de Camocim que não teve o brilho esperado face à falta de fardas novas para a corporação. Desfile, já diz tudo: é a oportunidade de se mostrar sua melhor roupa. Isso me fez lembrar o final do século XIX, quando o município ainda tinha apenas 13 anos e tentava equipar a sua guarda. O rol de dificuldades, portanto, vem desde sua implantação. Naquela época, Camocim nem imaginava se tornar um dia sede de companhia do recém criado Batalhão de Segurança em 01 de março de 1892. A polícia militar, ainda no tempo da Província do Ceará, com o nome de Força Policial, já existia desde 24 de maio de 1835. O oficio enviado pelo Conselho de Intendência de Camocim ao Governador do Estado dá bem a medida das dificuldades de outrora, ainda hoje notadas e sentidas em pleno século XXI: Vejamos:


Ao Governador do Estado em 21 de abril de 1892.


Este Conselho submette a vossa aprovação junto por copia, o projeto criando a guarda local neste município e aguarda a vossa palavra a respeito para dar-lhe execução. outrossim, o Conselho roga vos a fornecer o armamento para a guarda local, caso seja isto possível, e esta sua exigencia firma-se em que contou-lhe que, tendo vindo novo armamento para o cargo de segurança do Estado, o Governo está no proposito de despençar para as guardas municipaes, o antigo armamento do referido corpo.
Torres, Prado, Nicolau e Thiers.


Que a nossa Guarda Municipal esteja bem vestida, comandada e aparelhada para melhor servir ao povo camocinense, é o mínimo que esperamos dos governantes.


Fonte: Arquivo da Câmara Municipal de Camocim. 1º Livro de Oficios Expedidos. 1885-1908.p.75.