Documentação queimada nos fundos da Casa Coelho. Foto: Paulo
José.
Parte da história de um município
está nos documentos, sejam eles das mais variadas espécies e tipos. Desde a documentação
oficial (aliás, muito mal acondicionada num lugar que chamam de arquivo) à privada
revelam muito das realizações do ser humano em determinado lugar. Por outro
lado, como não temos ainda a cultura de guardar estes registros e por não
termos um lugar apropriado para isso, um ARQUIVO PÚBLICO, um MUSEU, ou outro
semelhante, muito dessa documentação vem se perdendo pela ação do tempo, sendo
queimada e até transferida para outros locais. Recentemente, pela ação do Prof.
Paulo José e outros, juntamente com alunos, salvaram alguma coisa da
documentação da antiga CASA COELHO, após de muito dessa massa documental ter
sido queimada (foto). Hoje, essa documentação e alguns objetos da referida casa
estão na Escola Profissionalizante de Camocim, a espera de uma ação de
conservação e catalogação. Por outro lado, o mesmo professor nos informa que os
Livros de Tombo da Paróquia de Bom Jesus dos Navegantes, pelo menos os mais
antigos estão sendo transferidos para a Diocese de Tianguá. Por se tratar de documentação
eclesiástica a mesma na está sujeita à recente Lei da Informação aprovada pela Presidente
Dilma, contudo, dificultará sobremaneira a pesquisa dos interessados. Ainda por
causa das razões elencadas acima, o Prof. Benedito Genésio Ferreira, detentor
de boa parte da documentação do SPH - Serviço de Promoção Humana, a doou ao Núcleo
de Estudos e Documentação Histórica -NEDHIS, onde está sendo trabalhada,
catalogada e já rendeu até uma monografia no Curso de História da UVA. Há
evidente um descaso do poder público, aliás, responsável por toda a
documentação oficial. Contudo, penso também que nós historiadores da cidade
ainda não temos a maturidade e a vontade necessária para lutarmos para a
salvaguarda dessas documentações e espaços de história e memória
Fonte: Camocim Pote de Histórias
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