Nasceu fortalezense, no dia do padroeiro de todos os cearenses, São José (19 de março
de 1924), mas morreu Camocinense
(29.01.2001). Entre este dois marcos de sua vida de 77 anos, JOSÉ BATISTA
BARBOSA, o popular ZÉ DA GUERRA foi um daqueles homens que tinham realmente
muitas histórias para contar. Como o próprio apeldo aponta, ele foi um
dos pracinhas brasileiros que participaram da contrapartida brasileira no
esforço dos Aliados na Segunda Guerra Mundial contra o Eixo.
Aos dezoito anos ele
"ingressou no Exército Brasileiro para cumprir o serviço militar
obrigatório, na cidade de Fortaleza, porém para o cumprimento do serviço
militar teve que embarcar em navio para a cidade de Belém rumo à 8ª Região
Militar, aonde veio se especializar em soldado combatente em Artilharia
Antiaérea, manuseando metralhadora Tripé Calibre 50". Por ser da
artilharia, Zé da Guerra, ainda segundo o documento familiar, foi o único soldado
artilheiro a representar o Estado, posto que a maioria dos soldados convocados
para o esforço de guerra eram da infantaria e ficaram de sobreaviso aguardando
chamado, mas que não vieram realmente a combater. Desta forma, quando
adolescente, sempre ouvia alguém dizer que Zé da Guerra não tinha ido ao teatro
da guerra, fato este que a família esclarece neste documento, dentre outros
utilizados para receber uma indenização do Governo Federal. De volta da guerra,
onde combatera no "Segundo Escalão da Força Expedicionária Brasileira que
participou ativamente ao lado das tropas americanas, nos combates nos Alpes
italianos", os pracinhas foram recebidos no Porto do Rio de Janeiro e
saudados com discurso do Presidente Getúlio Vargas. Zé da Guerra, homenageado
com a Medalha de Campanha entregue pela a filha do então presidente, dentre outros documentos, pede transferência para o 23º
BC - Batalhão de Caçadores e "em seguida deu baixa no serviço militar".
Aos vinte e três anos, procurando por parentes acaba vindo para Camocim, onde
estabeleceu-se como mecânico de máquinas na antiga REFFSA, emprego este
garantido por Decreto Federal para quem havia sido declarado Ex-Combatente. "Casou-se com Maria Torres Barbosa com
quem teve vários filhos."
Segue Abaixo objetos utilizados e ganhados pelo Zé Da da Guerra que os familiares ainda Guardam: A Medalha,
Medalha de Campanha conquistada pelo Zé da Guerra, pelos serviços prestados na 2ª Guerra Mundial.
Brevê com Simbolo da 2ª Guerra Mundial com o Lema"A COBRA VAI FUMAR".
Pargeta com a Identificação do Soldado, onde vinha o Pais, Nome, Batalhão.
Clique na foto para Ampliar |
Diploma da medalha de Campanha que foi entregue pela a filha do Presidente Getúlio Vargas à Zé da Guerra
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